Pesquise aqui

terça-feira, 16 de maio de 2017

TERCEIRO ANO - REPÚBLICA VELHA/REPÚBLICA DO CAFÉ-COM-LEITE

Slides disponíveis em:
https://www.4shared.com/office/_A7QcGrGce/SLIDES_REPBLICA_VELHA_Recupera.html

Vídeo-aulas:






Esquema-resumo:



A República Velha

  • Os Republicanos não agiam em conjunto: os civis queriam liberdade (individual, política, divisão de poderes, autonomia regional), e os militares positivistas queriam ordem pública e moral.
  • O Povo continuava de fora das decisões políticas.
  • O presidente Deodoro da Fonseca não conseguiu acomodar aliados, e diante da crise, tentou um golpe e foi obrigado a renunciar.
  • A Constituição Republicana foi uma vitória liberal, ao modelo dos EUA: cria os Estados Unidos do Brasil, com federalismo (os estados organizando impostos, força pública e justiça). Só sofreriam intervenção caso a ordem republicana estivesse ameaçada. Os poderes eram autônomos ( o moderador acabou) . Símbolos nacionais: bandeira (positivista) e um herói (Tiradentes) para criação de uma unidade mística
  • Governo Floriano Peixoto: vice de Deodoro, que deveria convocar eleições (e não fez). Período de agitação, com disputa entre militares, fazendeiros e civis radicais pelo poder .
  • Encilhamento: fabricação de dinheiro para estimular a economia. Gerou inflação e golpes financeiros contra o governo. Houve uma desvalorização da moeda, bom para quem exportava, mas ruim para quem importava e para a inflação.
  • Revolução Federalista: disputa pelo poder no Rio Grande do Sul, contra a qual o governo federal não conseguiu fazer nada.
  • Eleições fraudulentas: poucos votavam, o voto aberto e funcionava como cabresto e currais eleitorais. Mulheres, menores de 21 anos, soldados padres e analfabetos não votavam (fazendo 99% da população). A Comissão Verificadora de Poderes impedia a posse de “inconvenientes” às oligarquias.
  • O voto funcionava na base da barganha e ameaça. As fraudes eram comuns (votos duplicados, “mortos” votando, votos duplicados).
  • Oligarquias estaduais: um pequeno grupo político controlava a política dos estados, com apoio do governo federal. Os estados ganhavam força.
  • Política dos Governadores: o governo federal apoiava as oligarquias estaduais dominantes contra oligarquias adversárias, e em troca, recebia colaboração política contra seus opositores.
  • Política do café-com-leite: São Paulo e Minas se revezavam na indicação de presidentes.
  • A Igreja não recebia mais ajuda do Estado. Não existia mais religião oficial, e a Igreja era autônoma.
  • Crise: o preço do café despencava no mercado. Havia uma superprodução. Pelo Acordo de Taubaté, o governo se comprometeu a comprar o excedente de café a um preço alto, fazendo mais dívidas.
  • A política do café se tornou questão de interesse nacional.
  • Ciclo da borracha: látex extraído da seringueira. Aumento do consumo mundial de borracha no mercado mundial, e a Amazônia se torna o maior produtor, recrutando mão-de-obra local e imigrantes nordestinos, principalmente. Surgiam os “barões da borracha”, ricos plantadores locais.
  • A produção inglesa de borracha na Ásia fez a brasileira entrar em decadência, encerrando o ciclo.
  • Surgiam as primeiras indústrias, ainda pequenas, como substituição de bens importados de baixo valor. Não havia capitais, nem tecnologia para grandes industrialização. Sai o capital inglês, entra o capital dos EUA. A Primeira Guerra impedia a vinda de mercadorias européias.

Revoltas Rurais na República Velha

  • Foi mais fácil derrubar a monarquia do que fortalecer a República.
  • As revoltas desmentem a idéia de pacificidade do povo brasileiro.
  • O Brasil que crescia no meio urbano e o Brasil que era atrasado no meio rural: contradição.
  • As oligarquias estaduais favoreciam principalmente a cultura cafeeira: não havia legislação trabalhista.
  • Canudos: comunidade religiosa, organizada no interior da Bahia, muito organizada e que muito organizada. Condenava a República, os impostos e os latifúndios. Resistiram a três expedições militares, mas foram massacrados.
  • Euclides da Cunha, em “Os Sertões”: reportagem científica, semi-racista, mas que rendeu um livro primoroso.
  • Guerra do Contestado: movimento messiânico surgido da expulsão de camponeses. O governo age para massacrá-los, e liberar a área para empresas americanas construírem uma ferrovia.
  • Cangaço: banditismo social. Mistura de crime e miséria. Os cangaceiros, assim como no caso de Lampião, se tornaram lenda. Não eram exatamente uma espécie de Robin Hood.
  • Padre Cícero. O “coronel de batina”, era assistencialista, mas aliado dos coronéis. Defendia publicamente o domínio da família Acioly.
  • Ocupação econômica da população brasileira em 1920: 70% primário, 13% secundário e 17% terciário.
Revoltas Urbanas na República Velha

  • Revolta da Vacina: reforma no Rio de Janeiro, vacinação obrigatória e quebra-quebra no Rio de Janeiro.
  • Revolta da Chibata: a Marinha comprava navios novos, mas não abolia castigos físicos. Os marinheiros, de posse das embarcações, e sob a liderança de João Cândido, o “Almirante Negro”, ameaçavam bombardear o Rio de Janeiro.
  • Proletariado com baixos salários e sem direitos trabalhistas. Surgem as primeiras greves e os primeiros sindicatos.
  • Houve a chegada de cerca de um milhão de imigrantes europeus à São Paulo, especialmente italianos. Alguns deles com capital suficiente para abrir suas empresas.
  • “A questão social é caso de polícia”, frase do presidente Washington Luís. A ordem era reprimir com violência qualquer manifestação que reivindicasse direitos sociais.
  • Os primeiros sindicatos tinham influência anarquista: pretensão de eliminar o Estado e a propriedade privada.
  • Fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB), sob a orientação marxista-leninista, e a influência da criação da União Soviética. No começo, menos influentes que os anarquistas.
  • A Lei Eloy Chaves concedia a aposentadoria para ferroviários (primeira categoria beneficiada).
  • Os patrões incentivam a fundação de sindicatos amarelos ou pelegos (submissos).
  • Em 1922, as oligarquia de Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul lança, Nilo Peçanha candidato em oposição ao café-com-leite. Apesar disso, eram “estados de segundo escalão”. Perderam as eleições, mas mostraram que Minas e São Paulo teriam dificuldades para manter o domínio político.
  • Tenentismo: movimento surgido entre jovens oficiais do exército (genericamente chamados tenentes), que defendiam um governo centralizado, combate às oligarquias, fraudes eleitorais, coronelismo, atraso econômico e corrupção. Possuíam idéias nacionalistas, mas queriam concentrar o poder nas mãos dos militares. Se aproximam das oligarquias dos estados de segundo escalão para combater Minas e São Paulo.
  • Dezoito do Forte: revolta suicida em Copacabana. O presidente Artuir Bernardes decreta “estado de sítio”, e os direitos individuais do cidadão são suspensos para evitar a disseminação da “desordem”.
  • Coluna Prestes: iniciada no Rio Grande do Sul, encontra outros militares em São Paulo. Marcha 25.000 Km invicta pelo país, comandada por Luís Carlos Prestes, chamado de “Cavaleiro da Esperança”.
  • Tenentes divididos: entre comunistas, getulistas e fascistas. Getúlio Vargas se aproveita da divisão e os usa para chegar ao poder e se manter nele.

Nenhum comentário:

Postar um comentário