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terça-feira, 16 de maio de 2017

SEGUNDO ANO - ECONOMIA COLONIAL

Slides com os conteúdos das aulas:

https://www.4shared.com/file/45pSRDDuei/SLIDES_ECONOMIA_COLONIAL.html

Vídeo-aulas:




Esqumas-resumo:



O período da cana-de-açúcar

  • Produto caro na Europa, que encontrou solo fértil no Brasil.
  • Engenhos: as usinas daquele tempo e centros produtores de açúcar. Eram latifúndios com imensas plantações e máquinas para a produção.
  • Sesmarias: terras recebidas dos donatários, com a preocupação de ocupar e produzir.
  • A principal mão-de-obra era a escrava (“as mãos e os pés do senhor de engenho”). A=Os melhores engenhos tinham máquinas movidas a tração animal. Pequenos proprietários produziam aquilo que faltava nos engenhos, fortalecendo o comércio no mercado interno. Os portugueses já plantavam cana-de-açúcar na Ilha da Madeira, com sucesso.
  • Modelo plantation: latifúndio, monocultura e exportação.
  • Técnicos no engenho para cuidar das máquinas: mão-de-obra livre, trabalho especializado e bons salários
  • Nordeste: condições favoráveis de solo, administração das capitanias e proximidade com a Europa.
  • Família patriarcal: toda ela sob o comando chefe, que determinava o rumo de seus membros, com poder de vida e morte sobe todos. A sociedade era ruralizada.
  • Haviam leis que obrigavam os fazendeiros a venderem somente para comerciantes portugueses.
  • Os holandeses emprestavam dinheiro a juros para a produção do açúcar, que era levado para a Holanda para refino e distribuição no resto da Europa. Rota do açúcar: Brasil > Portugal > Holanda > consumidores.
  • União Ibérica: o trono português, que estava vago, foi ocupado pelo rei espanhol Filipe II. Espanha e Holanda eram rivais na política européia, e a primeira impôs barreiras para a participação holandesa na produção da cana-de-açúcar brasileira.
  • Invasões holandesas ao Nordeste brasileira: fracassou em Salvador (1624), e sucesso no Recife (1636), para não perder o controle sobre o comércio do açúcar.
  • Para obter o apoio dos donos de engenho, os holandeses não ameaçaram sua propriedade, e enviam o príncipe Maurício de Nassau, que faz uma eficiente administração, mas que desagrada aos seus chefes, com a sua popularidade e os gastos com a urbanização.
  • Fim da União Ibérica: Portugal retoma a independência. Era fundamental para os portugueses a retomada do lucrativo comércio açucareiro. No entanto, os produtores de açúcar estavam satisfeitos com a relação comercial com os holandeses
  • Sofrendo com a concorrência inglesa no comércio europeu, os holandeses passaram a explorar os senhores de engenho, que passaram a apoiar a retomada portuguesa.
  • Expulsos, os holandeses foram plantar a cana-de-açúcar nas Antilhas, rebaixando os preços.
  • Nem só a cana-de-açúcar era produzida no Nordeste. Havia uma produção pecuária (com trabalhadores livres) e de produtos alimentícios, para abastecer o mercado interno, além de uma razoável produção de algodão, mandioca e milho. A produção de tabaco servia para a troca por escravos no mercado externo.
  • Tentativas de ocupação francesa no Brasil, no Rio de Janeiro e em São Luiz, por motivos religiosos.
  • Revolta dos Beckman, no Maranhão, contra as Companhias de Comércio e pela escravidão de índios.
  • Guerra dos Mascates: Senhores de engenho (Olinda) contra os comerciantes (Recife). Recife se tornara vila emancipada de Olinda, e mais tarde, a capital da Capitania.
  • A expansão do território brasileiro

    • Nem sempre o Brasil teve esse tamanho e poucas regiões haviam, até 1700, sido ocupadas de fato (Nordeste, Rio de Janeiro e São Paulo). A desatenção espanhola permitiu o avanço sobre a Linha de Todersilhas.
    • Os portugueses construíram fortalezas na Amazônia (beira de rios), incentivaram missões jesuíticas (para a cólera de drogas do sertão, que enriqueceram a ordem e a Igreja).
    • Interesse português no rio da Prata: fundação da Colônia do Sacramento (atual Montevideo, Uruguai) nas terras espanholas, instalando um porto de frente para Buenos Aires.
    • Envio de imigrantes da Ilha portuguesa dos Açores para Desterro (atual Florianópolis) e Porto dos Casais (atual Porto Alegre).
    • Missões jesuíticas no Sul: gado, erva-mate para índios, que trabalhavam sob rígido controle, apesar de serem defendidos por religiosos de ataques bandeirantes.
    • União Ibérica (1580-1640): Portugal e Espanha tinham o mesmo rei, mas governos diferentes.
    • Bandeirantes: caçadores de escravos indígenas e busca de metais preciosos. Partiam geralmente de São Paulo, e contavam até mesmo com índios “aculturados” no seu grupo. Chegam até o Nordeste, e ultrapassam a linha de Todersilhas. A pouca atividade econômica de São Paulo os fazem ter pouco contato com a metrópole.
    • Em São Paulo era comum que a língua tupi fosse mais usado até que o português. A falta de mulheres brancas (as condições de vida eram péssimas) estimulou os brancos a se unirem com as índias.
    • Os bandeirantes também atacam quilombos, como o caso de Palmares, destruído após um ataque a partir de São Paulo.
    • A Confederação Indígena dos Cariris também foi atacada. Tratava-se de um aglomerado indígena que estava sob proteção de religiosos, entre a Bahia e o Piauí. Na impossibilidade de se escravizar, trinta mil índios foram mortos e tiveram a cabeça decepada.
    • A ocupação holandesa na África Portuguesa dificultou a vinda de escravos negros, encarecendo o “produto”. Era mais barato caçar índios, mesmo com a oposição da Igreja.
    • Período barroco nas artes: dos séculos XVI ao XVIII. Poesias satíricas de Gregório de Matos (o Boca do Inferno) e complexos textos do Padre António Vieira. As igrejas do Século XVIII (Minas no período da mineração) não eram barrocas, mas no estilo rococó.
    • Os franceses fundam São Luiz, e para defender o Nordeste brasileiro, os portugueses constroem fortalezas que dão origem à cidades (Natal, Fortaleza e João Pessoa)
    • Ouro e diamante só foram descobertos em escala razoável no fim do século XVII.
    • O Tratado de Madrid praticamente configurou o território brasileiro.O território se expandiu rumo à Oeste e a Amazônia foi ocupada.
    • Resistência de índios e jesuítas em Sete Povos das Missões, atacados e trucidados por espanhóis e portugueses. Os índios e jesuítas não aceitavam que seu território saísse do controle espanhol e passasse para o português.

    A mineração no Brasil

    • Exploração concentrada na região das Minas Gerais, no leito de rios ou minas terrestres. Se concretizava o sonho de extrair metais preciosos, assim como faziam os espanhóis na América.
    • A notícia da existência de minas atraiu inúmeros aventureiros, que iam em busca de lucro fácil.
    • Guerra dos Emboabas: Minas pertencia à Capitania de São Paulo (antes, boa parte pertencia ao Espírito Santo), cujos bandeirantes descobriram ouro na região e não aceitavam a presença de forasteiros, chamados de Emboabas nos garimpos. Depois de conflitos armados entre as partes, o governo português assumiu o controle da região mineradora, e criou a Capitania das Minas Gerais.
    • Quase a totalidade dos trabalhadores eram escravos, alguns dos quais, que conseguiam ascensão social, como nos casos de Chico Rei e Chica da Silva.
    • A área descoberta era dividida em quinze lotes (datas). Uma para o descobridor, uma para a Coroa portuguesa, e as demais eram leiloadas.
    •  O governo ainda cobrava o quinto (20%) de todo o ouro encontrado. Nas Casas de Fundição, o ouro é derretido e transformado em barras. A não-circulação do ouro em barras configurava contrabando.
    • Foi determinado que o ouro somente poderia ser levado do Brasil através da Estrada Real, que conduzia ao Porto do Rio de Janeiro. Estradas e navegação para o Espírito Santo foram proibidas e sintetizadas na frase: “quanto mais caminhos houver, mais descaminhos haverá”.
    • A capital brasileira foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, para fiscalizar mais de perto a mineração. Ali se instalavam os traficantes de escravos.
    • Tratado de Methuen, entre Portugal e Inglaterra, chamado de “panos e vinhos”. Os portugueses deveriam comprar tecidos ingleses e vender vinhos, em cotas muito menores, como pagamento de dívidas comerciais. Como conseqüência, os lucros da mineração brasileira se encaminhavam para os ingleses.
    • O crescimento urbano exigiu que produtores de outras regiões levassem seus produtos para a região mineradora. Não havia comida para todos, e ser comerciante de alimentos poderia dar mais lucro que ser dono de minas.
    • A sociedade açucareira era rural, e a mineradora era urbana. As pessoas mais ricas moravam na cidade.
    • Surgia uma classe-média colonial, em função da mobilidade urbana e social da economia mineradora. Apesar disso, ainda apenas o filho mais velho tinha acesso à herança.
    • A ostentação do período se refletiu nas Igrejas e expressões artísticas, como pinturas e esculturas, nas quais se destacaram as obras de Aleijadinho.
    • A criação de gado ligava a região mineradora com o Sul e o Nordeste do Brasil. A carne era levada charqueada para o consumo nas minas, pouco se dedicava à pecuária.
    • Outros produtos consumidos: açúcar, algodão e drogas do sertão (castanha, baunilha, guaraná, cacau, etc).
    • A crise portuguesa, a queda na extração e o aumento do contrabando forçou a criação de uma cota fixa para o pagamento do quinto. Por isso, foi instituída a derrama, o confisco de bens para que se atingisse a meta.
    • A instalação de fábricas era proibida no Brasil, por conta do pacto Colonial português.
    • Os jesuítas foram expulsos do Brasil, e seus bens (terras e escravos) foram confiscados.

    Revoltas no Período Colonial

    • Influências: Iluminismo e Independência dos EUA.
    • O Brasil crescia muito, e a exploração portuguesa fazia crescer a idéia de que o Brasil era excessivamente explorado pela Coroa Portuguesa.
    • Estudantes vindo da Europa, influenciados por noções de liberdade e política da época.
    • Inconfidência Mineira: justificada pela exploração na região mineradora. Quase todos os membros pertenciam à elite local (donos de terra, escravos, minas e gado, juízes, médicos, padres e militares). Tiradentes era o único pobre que foi descoberto.
    • Planos dos inconfidentes: independência, criação de indústrias e faculdades. No entanto, não se falava em acabar com a escravidão.
    • A rebelião nunca chegou a acontecer. Joaquim Silvério dos Reis delatou seus companheiros em troca do perdão de suas dívidas com o fisco.
    • Na devassa (processo), Tiradentes foi o único enforcado. Alguns foram perdoados, outros degredados para a África. Cláudio Manuel da Costa foi “encontrado” morto na prisão.
    • A memória de Tiradentes como herói só seria resgatada após a Proclamação da República, quand se precisava de um herói “brasileiro” e republicano (D. Pedro I era português e identificado com a monarquia).
    • Conjuração baiana: de caráter mais popular, e inspirada pela Revolução Francesa. Se falava inclusive em fim da escravidão, atraindo a participação de escravos. O movimento foi abortado logo no seu começo e o massacre foi maior que na Inconfidência Mineira.
    • As idéias liberais vindas da maçonaria começavam a chegar ao Brasil no fim do século XVIII.
    • Diferenças entre mineiros e baianos: em Minas, havia a decadência do ouro, e na Bahia, o início de recuperação do açúcar forçou a alta dos preços e trouxe o povo para a revolta.
    • A maior participação popular na Conjuração Baiana, o que assustou mais as elites.Esse grupo passou a colaborar com as autoridades portuguesas temendo a perda de controle da situação para o povo.
     

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